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O vírus do ebola pode ter entre 16 e 23 milhões de anos

Foto: Creative Commons.

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O Ebolavirus poderia ter entre 16 e 23 milhões de anos, segundo garante um novo estudo publicado na PeerJ. Os investigadores seguiram as raízes evolutivas do vírus e parecem ser muito mais antigas do que se pensava. A pesquisa mostra que os filovirus -gênero ao qual pertencem o cérebro e o temível vírus de Marburg, também letal-, que é mais do que provável que já existisse no Mioceno.
Até agora, os especialistas acreditavam que o cérebro poderia datar de há cerca de 10.000 anos, coincidindo com o auge da agricultura. “Os filovirus são muito mais antigos do que se pensava”, afirma Derek Taylor, investigador principal do estudo. “Estiveram interagindo com os mamíferos durante muito, muito tempo, nada menos do que vários milhões de anos.” Segundo o cientista, este estudo poderia servir “para reconduzir o projeto da vacinação e os programas que identificam as doenças infecciosas emergentes.”
Os investigadores baseiam sua teoria em análise de hamster e topillos americanos. Encontraram um resto de DNA do vírus inserido em seu genoma (conhecido como VP35), e, curiosamente, na mesma área. Segundo dizem, esse vírus se ‘meteu’ lá antes de se separarem evolutivamente, ou seja, há entre 16 e 23 milhões de anos. Explicam que esse vírus se parece mais com o ebola que o vírus de Marburg por isso que deduzem que ambos se separaram, evolutivamente, na mesma data.
A epidemia de ebola já registra mais de 5.000 mortes e 10.142 pessoas infectadas em todo o mundo, segundo a OMS. A maioria dos casos se situam Oeste da África: Senegal, Nigéria, Libéria, Serra Leoa, Mali e a República da Guiné. O país mais afetado é a Libéria, com 4.665 casos, seguido de Serra Leoa e Guiné.
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