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Portugal, o único país da Europa em que a Fase 2 do ebola

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A notícia do contágio de uma das enfermeiras que atendiam ao missionário Garcia Velho (já falecido), no Hospital Carlos III de Madrid, foi localizado o vírus do ebola no primeiro plano da atualidade de nosso país.
Os cientistas há anos, analisando como é a dinâmica de expansão da epidemia, e a experiência prévia com este tipo de eventos determina que há uma série de padrões comuns.
A Fase 1 de toda a pandemia começa quando se detecta o chamado “paciente zero”. No caso que nos ocupa, e por continuar com o exemplo do que está acontecendo em Portugal, o paciente seria Garcia Velho, o segundo dos religiosos que foram repatriados da África, depois de ter contraído a doença.
Nessa fase inicial, impõe-se o isolamento do doente e a adoção de um protocolo de segurança que minimize o risco de contágio entre as pessoas que obrigatoriamente têm que estar em contato com o doente.
Mas, neste caso, algo correu mal. Ainda não se sabe como ocorreu, mas as análises realizadas demonstraram que uma das auxiliares de saúde que tratavam o missionário, é infectada pelo vírus. A mulher só tinha entrado duas vezes no quarto do paciente, e em ambas as ocasiões usava o traje protetor.
O caso da enfermeira nos situa, portanto, na Fase 2, que se inicia quando alguém próximo ao paciente zero se contagia.
Agora todas as medidas destinam-se a evitar que se chegue à Fase 3, que ocorre quando o vírus, através do segundo paciente, expande seu raio de ação.
O maior perigo reside em que a paciente foi de férias no passado dia 26 de setembro, em apenas um dia depois da morte do missionário doente. Felizmente, de acordo com os especialistas, o vírus só pode ser transmitida a partir do momento em que a pessoa infectada manifestar os primeiros sintomas, e parece que esta mulher, ao sentir-se mal, pôs-se ela mesma em uma espécie de quarentena doméstica durante vários dias, até que a gravidade dos sintomas a fez ir para o hospital, para minimizar o perigo de novos contágios. De fato, testes realizados até o momento para o seu marido têm dado um resultado negativo.
Apesar disso, o marido da doente permanece em isolamento à espera de novas provas, e já foi anunciado que serão também realizados testes para outras pessoas de seu escopo próximo que tenham estado em contacto com ela.
A Fase 3 é, portanto, crucial, de cara para evitar que o vírus se globalize e se expanda sem controle. O maior risco é que é impossível controlar a todas as pessoas que tenham estado em contato mais ou menos direto com a doente. Por esse motivo, apenas se nas próximas semanas (lembre-se que o cérebro tem um período de incubação que vai dos dois aos vinte e um dias) descobrem-se novos casos de contágio, então teremos dados para falar de uma possível epidemia.
Tags: ebola e o vírus.

Como se expandiria uma hipotética epidemia do vírus?

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